Hoje acordei meio... A solidão do mundo dentro de você
# Bom dia a amigo, a você que acordou sentindo uma tristeza, vinda sei lá de onde, com um vazio no peito, com uma sensação de solidão e de indiferença, e sentiu medo... Bom dia a você, que mesmo em um mundo de bilhões de habitantes, cheio de amigos reais e com milhares de amigos virtuais, com diferentes números telefônicos na agenda do seu celular e uma centena de e-mails para se corresponder, vez por outra você se sente só, e isto lhe dá uma sensação de angústia e desamparo, feito um cãozinho abandonado por seus donos em uma praça qualquer... Assim somos nós, seres humanos aprendendo a ser “gente”, aprendendo (ou talvez nunca aprendendo) a viver em um mundo indiferente e cruel... Das centenas de pessoas que moram na sua rua, quantas parariam para lhe levantar caso você caísse? Quantas vezes você saiu chorando na rua sem que alguém lhe oferecesse um lenço sequer? Quantas vezes você se perdeu, sem que alguém, um ser “humano” qualquer lhe ajudasse a encontrar a saída? Que tipo de seres nos tornamos? Seres indiferentes, amedrontados, frios e calculistas... Nossa maior preocupação é com o nosso bem estar, que se dane o outro... Queremos usar um tênis importado e não importa se ele é feito por crianças em regime de escravidão, queremos comer um peixe saboroso e não nos importa se ele é último exemplar de sua espécie, queremos usar o melhor medicamento para curar nossas chagas e não nos importa se milhares de cobaias morreram em seus testes preliminares... Somos assim, feios por dentro, mesmo que nossos cabelos brilhem com o melhor shampoo e que estejamos envoltos nos melhores panos... Somos pequenos, egocêntricos e individualistas... Somos tão egoístas, tão fúteis... É assustador o nosso rumo, uma evolução tecnológica desmedida e uma imensa falta de preocupação com o humano, com o que nos torna real, com o que nos move... Esquecemos que não somos máquinas, que nos nutrimos de sorrisos e abraços e não de biodiesel ou de energia elétrica... Nos nutrimos com o aperto de mão forte, com o olhar de confiança, com a palavra de carinho, e não com petróleo... Talvez esta sensação de medo e de abandono que nos acompanha não seja nada mais do que uma incomensurável falta de nutrientes... Talvez devêssemos nos preocupar mais com um sorriso sincero do que a roupa que iremos usar na noite de natal... Ou será que devemos aprender a ser só? #
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