Hoje acordei meio... Por
que sentimos vontade de sorrir para idosos e bebês?
# Bom dia a você nem tão jovem, nem tão maduro, a você que já acha que sabe algo sobre a vida e a você que tem certeza de que não sabe de nada... Bom dia a você que acredita que já aprendeu sobre tudo o que deveria aprender e a você que faz da vida um aprendizado diário... Bom dia a você que muitas vezes caminha por vastas avenidas, intermináveis corredores de shoppings, entre gôndolas de supermercado, tomado pela cegueira... Bom dia a você que por vezes sequer nota que há um outro ser no mesmo ambiente em que você se encontra, você não é capaz de perceber que não está sozinho, e tomado pela escuridão, segue seu caminho... Mas, este fato não se repete quando você cruza com aquele bebezinho lindo (ou apenas bonitinho)... Aquele bebê fofinho, com cheiro de talco, todo babado, mas com uma ternura e inocência que o faz inevitavelmente olhar aquele ser tão indefeso e arregalar um sorriso! Sim, sempre sorrimos ao nos depararmos com bebês (a não ser que você seja um homem de lata sem coração)... Sorrimos por que sabemos como é duro encarar o trânsito diário, a cobrança do chefe, o mau humor do colega, a reclamação do vizinho, o ciúme do cônjuge, a falta de tempo, de privacidade, de dinheiro, a falta de vida... Então olhamos para aquele ser tão minúsculo, que sequer sabe disto tudo, e sorrimos para ele, para fingir que está tudo bem, para lhe demonstrar carinho e compaixão, para que ele não perceba o caos que o espera... Sorrimos inevitável mente para os bebês, pois já estivemos na pele deles, assim como já acreditamos que o mundo caberia dentro de um saco de balas... Sorrimos para os bebês, pois talvez desejássemos trocar de papel com eles por alguns momentos... E assim que o bebê some de seu foco visual, a cegueira se apodera de seus olhos novamente... Você passa pelos seus semelhantes assim como passa pelas gôndolas de ofertas de sabonetes baratos... Você passa pelos seus semelhantes assim como quem passa pela gôndola que oferta ingredientes para mocotó... Até uma senhora cruzar seu caminho... Sabe aquela senhora bem senhorinha? Curvada sobre seu próprio corpo? Apoiada em uma muleta? Com o mesmo cheirinho de talco que o bebê tinha? Com uma leve cor rosa antigo nos lábios e pós de arroz no rosto? Aquela senhora com rugas do tempo e brincos de pérola, aquela senhora que já deve ter vivido mais de oito décadas de vida, e está ali, na sua frente, ainda cheia de vida... Você a olha com ternura, com a mesma ternura e compaixão com que olhou para o bebê, mas para a senhora você sorri como quem diz: Parabéns! A senhora encarou por todos estes anos o chefe chato, o vizinho reclamão, o marido ciumento, a falta de dinheiro, de tempo, de disposição e está aqui, na minha frente, aproveitando o tempo que lhe resta de vida, sem reclamar, sem se queixar, apenas vivendo... Então você inevitavelmente sorri, fitando aquela senhora, que já passou por tudo aquilo que você diariamente reclama... Você sorri, por que diferentemente do bebê, amanhã você estará no lugar da senhora, e enquanto você pensa que você sorriu para a senhora, você se dará conta de que foi a senhora quem primeiro sorriu para você, assim como você fez com o bebê... A senhora sorriu para você com ternura e compaixão, pois ela já viveu bastante e sabe o caos que o espera... #
# Bom dia a você nem tão jovem, nem tão maduro, a você que já acha que sabe algo sobre a vida e a você que tem certeza de que não sabe de nada... Bom dia a você que acredita que já aprendeu sobre tudo o que deveria aprender e a você que faz da vida um aprendizado diário... Bom dia a você que muitas vezes caminha por vastas avenidas, intermináveis corredores de shoppings, entre gôndolas de supermercado, tomado pela cegueira... Bom dia a você que por vezes sequer nota que há um outro ser no mesmo ambiente em que você se encontra, você não é capaz de perceber que não está sozinho, e tomado pela escuridão, segue seu caminho... Mas, este fato não se repete quando você cruza com aquele bebezinho lindo (ou apenas bonitinho)... Aquele bebê fofinho, com cheiro de talco, todo babado, mas com uma ternura e inocência que o faz inevitavelmente olhar aquele ser tão indefeso e arregalar um sorriso! Sim, sempre sorrimos ao nos depararmos com bebês (a não ser que você seja um homem de lata sem coração)... Sorrimos por que sabemos como é duro encarar o trânsito diário, a cobrança do chefe, o mau humor do colega, a reclamação do vizinho, o ciúme do cônjuge, a falta de tempo, de privacidade, de dinheiro, a falta de vida... Então olhamos para aquele ser tão minúsculo, que sequer sabe disto tudo, e sorrimos para ele, para fingir que está tudo bem, para lhe demonstrar carinho e compaixão, para que ele não perceba o caos que o espera... Sorrimos inevitável mente para os bebês, pois já estivemos na pele deles, assim como já acreditamos que o mundo caberia dentro de um saco de balas... Sorrimos para os bebês, pois talvez desejássemos trocar de papel com eles por alguns momentos... E assim que o bebê some de seu foco visual, a cegueira se apodera de seus olhos novamente... Você passa pelos seus semelhantes assim como passa pelas gôndolas de ofertas de sabonetes baratos... Você passa pelos seus semelhantes assim como quem passa pela gôndola que oferta ingredientes para mocotó... Até uma senhora cruzar seu caminho... Sabe aquela senhora bem senhorinha? Curvada sobre seu próprio corpo? Apoiada em uma muleta? Com o mesmo cheirinho de talco que o bebê tinha? Com uma leve cor rosa antigo nos lábios e pós de arroz no rosto? Aquela senhora com rugas do tempo e brincos de pérola, aquela senhora que já deve ter vivido mais de oito décadas de vida, e está ali, na sua frente, ainda cheia de vida... Você a olha com ternura, com a mesma ternura e compaixão com que olhou para o bebê, mas para a senhora você sorri como quem diz: Parabéns! A senhora encarou por todos estes anos o chefe chato, o vizinho reclamão, o marido ciumento, a falta de dinheiro, de tempo, de disposição e está aqui, na minha frente, aproveitando o tempo que lhe resta de vida, sem reclamar, sem se queixar, apenas vivendo... Então você inevitavelmente sorri, fitando aquela senhora, que já passou por tudo aquilo que você diariamente reclama... Você sorri, por que diferentemente do bebê, amanhã você estará no lugar da senhora, e enquanto você pensa que você sorriu para a senhora, você se dará conta de que foi a senhora quem primeiro sorriu para você, assim como você fez com o bebê... A senhora sorriu para você com ternura e compaixão, pois ela já viveu bastante e sabe o caos que o espera... #
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Contribua com sua filosofada também!