Hoje acordei meio... Que saudades

Hoje acordei meio... Que saudades

# Bom dia a você amiguinho, que de alguma forma acordou com um vazio lá no fundo do peito, bom dia a você que acordou com uma saudade de sei lá o quê, com uma vontade de voltar a um momento qualquer e até mesmo com uma vontade de rever alguém que há muito já se foi... Bom dia a você que hoje sentiu saudades dos tempos em que você não tinha tempo para sentir saudades, dos tempos em que você não temia por estar na rua a noite, ou dos tempos em que você poderia matar sua incessante solidão em quaisquer braços e abraços... Bom dia a você, pessoa de carne e osso, que pensou em uma amigo querido que a muito tempo não vê, mas que fez parte da sua vida, lhe ajudou a formar o ser humano que você é, mas que o tempo se encarregou de levá-lo para longe, então você, saudosista que é, resolveu sentir uma saudade deste amigo, uma saudade dos tempos em que você brincavam juntos, sem tempo de se preocupar com a vida adulta e dos trilhões de problemas que viriam a seguir... Bom dia a você que resolveu sentir saudade de um momento não concretizado, daquele momento em que você disse não, mesmo que no fundo sua vontade fosse “sim”, então você resolve sentir saudade de um momento que nunca existiu, de um momento que se perdeu no tempo, mas que deixou dúvidas no ar... E se não tivesse sido desta forma, e se o caminho trilhado por nós tivesse sido diferente? Nossa vida realmente seria diferente agora? Será que não sentiríamos saudades desta vida de hoje, pois não a teríamos vivido? Será que não estamos sempre com saudades daquilo que não sabemos, do que não conhecemos? Como se pudéssemos reescrever o tempo toda a nossa história e nos proporcionar um eterno final feliz? Nós, eternos saudosistas, eternos fanfarrões, sempre descontentes... Nós, sempre nos esquecendo que finais felizes do tipo: “E viveram felizes para sempre” não existem... Nunca existiram e nunca existirão, simplesmente o que existe é: 

“ E tentaram para sempre viver felizes”... #