Hoje acordei meio... A tecnologia e o contato humano
# Bom dia a você lidjinho da titis, que fica doente longe do seu
I-tudo, bom dia a você que não consegue ficar longe do seu lépitópi, levando-o
inclusive para o banheiro durante seus mais íntimos – e fedorentos –
afazeres... Bom dia a você que já passou o dia orkutizando, plantando e
colhendo na fazendinha feliz para ter cada vez mais dinheiro e comprar
cavalinhos que procriam da noite para o dia, bom dia a você que já passou o dia
feicebucando, postando coisas inúteis na rede, enlouquecendo os mais sérios e
fazendo a alegria dos desmiolados... Bom dia a você que já sofreu para
expressar uma opinião concisa no tuíter, ou que já se enrolou todo tentando
criar um tumbeler da vida... Sim, cada vez estamos mais conectados, mais
próximos do mundo todo... Fulano famosão morreu! Nossa! Quando foi? Há exatos 5
minutos... WTF! Rede social brou! As coisas se espalham feito carrapatos em
pelo de cusco de rua... Promovemos a paz nas redes sociais, discussões a
respeito de falcatruas dos coronéis de Brazólia, campanhas para cuidados com a
saúde, doação de órgãos, sangue, de um beijo ou um abraço... Nas redes sócias
achamos lares para cães abandonados, expressamos nossa ira frente a injustiças,
e compartilhamos nossas alegrias e tristezas... Também podemos ter acesso a
vídeos e notícias bizarras – coisa que em um mundo maluco ameniza um pouco a
loucura diária... Sim temos 87987498 amigos virtuais, 7894787 curtidas em
nossas fotos, 930720475 leitores em nossos blógues, mas e qual foi a última vez
que você abraço seu amigo? Qual foi a última vez que você viu o sorriso dele e
não um smile? Qual foi a última vez que você viu a cidade e as árvores e o céu
sem usar seu celular para tirar uma foto e publicar nos instagram? Tanta
tecnologia e tão pouco afeto, estamos virando seres robóticos, viciados em
internet, conectados em rede e desconectados da vida real... E nos dias em que
falta luz, nos lembramos como conversar era bacana... Como olhar nos olhos era
especial... Como abraçar faz falta... #
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