quarta-feira, julho 11, 2012

Hoje acordei meio... Onde você estava ontem à noite?


Hoje acordei meio...   
Onde você estava ontem à noite?

# Bom dia a você amiguinhom, que lá por meados dos anos 90 curtchiu adoidado a sua juventê... Bom dia a você que encarou os perigos de uma vida de beijos na boca, drugs e roquenrola sem maiores esforços, bom dia a você que não froxou em meio a um diálogo com hippies e nem tampouco deixou de fazer looongas viagens mesmo sem ter adquirido a passagem... Bom dia a você que mentiu para seu papis e sua mamis que ia dormir na casa de amigos para fazer trabalhos escolares (daquela escola, lembra? Aquela na qual você foi matriculado, mas não sabia sequer o seu número na chamada, aliás, você mal sabia onde se situava a sua sala de aula...), mas na verdade você, seu safadjenho, saía pelas noites pegando carona com desconhecidos, bebendo em copos alheios e beijando móitooo, ain que diliça... Bom dia a você que para não deixar pistas para seus pais sobre suas noites longas (e em um ímpeto adolescentesco de anotar cada passo que se dava – err... naquela época não existia facebook nem twitter), você resolveu escrever na última folha do caderno de química os caras que dividiram um beck com você na pracinha da Redença, nos malucos fim de noite da Osvaldo Aranha, ainquélocóram... Você – Santchenhadopauoco - escrevia sua lista, aquela que aumentava a cada semana, citando o nome do cidadão que trocava uns míseros beijos com você (tám e umas pegadas no popot também, vá lá, mas não passava djesto, nã nã...) e uns pegas naquele cigarritcho feito de seda e erva verde, woooowww... Mas como seria muito cara de pau sua escrever na última folha do caderno de quimiquê esta safadeza, você colocava ao lado do nome do gatom: Fomos para o barro (uma alusão à pracinha que você usava com seus amégos para dar aquela pitada – e que ficava puro barro depois de um dia de chuva)... Tudo belê né amigom, era só pra você se lembrar das parcerias e tales... But, o cadernê de quimiquê foi parar nas mãos do seu papis, ain fu-deu! E não foram as dezenas de nomes de caras na última folha que lhe causaram transtornos, não foi a folha de seda entre as folhas pautadas, nem tampouco o odor da “selva” que havia nos seus pertences, nããã... O que chocou, o que lhe deixou de castigo por um tempo – e consequentemente sem os copos alheios, as pitadas no cigarrinho do capeta e os beijos na boca – foi o “barro”, siiimm, o “barro”... Para seu papis, ir no barro significava “dei o rabo”, éé, isso ele não podia aceitar, pourra você só tinha 15 anitchos, tinha que ser virgem pô! Então seu pai pergunta: - O que é isso? Ir para o barro? Você cala... Ele insiste, você cala... Ele pergunta quem ia com você, você cala... Ele pergunta se tem algo a ver com séquisso, você novamente se cala, e mesmo não tendo acontecido nada do que seu pai pensa, você sai queimada da situação... Nem seus dedos amarelados entregam o que seria o tal de “barro”... Então améguénhos, um conselho da titis: Falem sempre a verdade! Até hoje me pergunto se realmente teria ficado tanto tempo de castigo se quando papis perguntasse:
 - O que é ir para o barro? 
Eu respondesse: 
- É fumar um, Daddy!!! Só! Unzinho... #

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