segunda-feira, julho 23, 2012

Hoje acordei meio... O amor do mundo

Hoje acordei meio... O amor do mundo

# Bom dia a você amigo, que por algum motivo foi escolhido pela cegonha a nascer, crescer e viver em determinada família... Bom dia a você que por fazer parte desta família, aprende a amar – e odiar – seus parentes, compreende seus ataques bipolares, suas manias e falta de modos à mesa... Bom dia a você que já se acostumou com cada um dos malucos da sua linhagem e já não se espanta mais com as atitudes e as particularidades de cada um... Não, pelo contrário, você os ama, incondicionalmente, afinal de contas eles são sangue do seu sangue, sua gente, cuidaram de você por toda a sua vida, lhe amaram quando você se borrou nas fraldas e sequer tinha dentes na boca, lhe amaram quando você tomou porre na festa de fim de ano e vomitou na mesa da ceia, lhe amaram quando você virou punk, quando você se tatuou e até quando se rebelou contra o mundo... Sua família, seu amor, mesmo sangue, sua gente, você lutaria por eles e eles por você... Sempre! Mas, e aquele amor que surge do nada? Estamos atravessando a rua, ou sentamos em um restaurante e aparece ele... Aquele cara que você nunca havia visto na vida, aliás, você nem reparou nele, mas ele reparou em você, e por algum motivo esta troca de olhares mexe com você... Por algum motivo a rua ou a comida já não importam tanto, você quer olhar para ele, mas com certo receio, mas com certa discrição... Há mais pessoas em volta, ele pode ser casado, ter namorada, pode até achar que você só quer se safar de ter de pagar a conta, quem sabe o que passa na cabeça destes homens? Mas a troca de olhares se intensifica e você vai ao banheiro e um olhar lhe persegue até a entrada, depois na saída, e ao fechar a conta e ao pagar a conta e a noite se vai... Você pensa nele, sonha com ele, imagina ele e quer vê-lo novamente... Vocês se encontram... E o olhar novamente se cruza... Vocês conversam, e suas bocas se tocam... Você pensa: Como? Por quê? O que me faz despertar uma vontade de ver mais uma vez alguém que sequer conheço? Como confiar em um sentimento que surge tão de repente? Por que esta sensação boa e ao mesmo tempo amedrontadora? Este sentimento bonito e cândido e ao mesmo tempo tão fútil? Será que compartilhamos um pedacinho daqueles que amamos? Será que o pó das estrelas que se dividiu quando formou o nosso universo pode estar na composição daquele outros a quem sentimos algo mais forte? Não é tão estranha a sensação de querer possuir alguém, de querer ter esta outra pessoa tão perto de nós a ponto de nos fundirmos? Não é estranha a sensação de que já conhecíamos aquela pessoa? De querer cortar suas asas para que ela nunca fuja do nosso lado? E por que algumas pessoas ficam em nossa mente, em nossas vidas, em nossos sonhos? Mesmo distantes, mesmo intocáveis, mesmo que nossos corpos estejam a milhares de quilômetros de distância, há algo que parece fazer com que nossas almas se toquem e se confortem... Não há explicação para a complexidade dos seres que somos, nem tampouco para a complexidade desta coisa chamada amor, mas é certo que este é um dos sentimentos essenciais a nossa sobrevivência, é certo que sem amor eu nada seria, é só o amor... É só o amor... #

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