segunda-feira, abril 16, 2012

Hoje acordei meio... O acaso



Hoje acordei meio... O acaso

# Bom dia a você pessoa, que na ânsia diária de sair correndo de casa têm esquecido aonde colocou a bolsa, o óculos, a chave do carro e até mesmo o sapato que irá calçar... Bom dia a você que quanto mais revira a casa em busca dos seus pertences abduzidos pelos Duendes, menos chances têm de encontrá-los... E voê passa por aqueles momentos tensos, é um tal de revira gavetas, olha em baixo da mesa, abre portas de armário e... NADA! Até que “por acaso” você encontra a maldita chave do carro! Ufa! E seu dia maluco começa! Você se atrasa devido ao fato do Saci Pererê ter escondido suas coisas (e é óbvio que você não vai contar esta história para o chefinho), e claro toma uma bela advertência... Segunda de manhã... Por ter chegado 10 minutos após o início da reunião... Reunião esta que irá discutir se a empresa deve optar por comprar papel para impressão reciclado ou o branco tradicional... E não bastasse a advertência, você acaba sendo encarregada de fazer o levantamento no mercado dos prós e contras do uso do papel branco para impressões, com um relatório completo até o final da semana na mesa do BOSS, suuuuper legal! Claro, chateação total, desmotivação, tristeza, e você sai na hora do seu almoço para um café, sozinha, pensativa, e “por acaso” encontra aquela amiga que não vê há tempos, aquela pessoa bacana, super positiva, que sempre tem uma palavra de conforto, que te ajuda a ver o lado bom das coisas, e você após este encontro volta uns 500 quilos mais leve para o trabalho... E a semana passa, e você se concentra no trabalho da empresa em casa, e justamente nesta semana em que você está pra lá de atribulada, seu marido “por acaso” está em uma semana light no trabalho dele, e aproveita esta folga para ajudar com as compras do mês, para regar as plantas e até lhe preparar um café com pãezinhos de queijo quando seu semblante demonstra exaustão... Relatório entregue, você sai para jantar para comemorar, decide de última hora comer sushi, mas “por acaso” lembra daquele restaurante tailandês que faz tempo que você não vai, e deixa o sushi para outro momento. Então, tempos depois, você sabe da notícia de um surto de difilobotríase, causado por um parasito que se hospeda na carne dos peixes e infecta quem ingere a carne crua ou mal cozida. E você pensa: Puxa! Quase fui neste restaurante, “por acaso” mudei de ideia! “Por acaso”? Será que o por acaso existe? Será que não existe uma conjunção de fatores e de uma força extraordinária vinda sei lá de onde para que as coisas ocorram exatamente do jeito que elas têm de ocorrer? Será que as pessoas, os lugares, as lembranças que surgem “por acaso” não fazem parte de um plano do destino? Para lhe acolher, para lhe dar forças, para lhe ajudar a saber qual o caminho certo a ser seguido? O acaso não existe, o que existe é o nosso caminho, as marcas das pegadas que iremos deixar no chão pelo qual passaremos já estão lá, o que fazemos é só aprofundar mais estas marcas, e relembrar os caminhos pelos quais inevitavelmente iremos pisar... #


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