quarta-feira, abril 18, 2012

Hoje acordei meio... A dor que o remédio não cura


Hoje acordei meio... A dor que o remédio não cura

# Bom dia a você amigo que acordou meio indisposto nesta maravilhosa manhã, bom dia a você que despertou meio nauseado, com dores nas costas, e aquela sensação de peso sobre os ombros... Bom dia a você que na tentativa de conter o prolongamento de suas dores e enjoos optou por analgésicos, antieméticos, antinflamatórios, antiácidos e tudo mas que a medicina moderna possa lhe proporcionar a fim de aliviar suas chagas... E passam-se os minutos, e as horas, e os dias, e suas dores não passam... Passam-se os meses, os anos, as décadas, e a cada dia você acorda exatamente da mesma forma: Cheio de dores... Talvez fármacos não estejam sendo eficazes contra nossas moléstias por que estas dores não são oriundas de nossos corpos cansados, talvez nossas dores crônicas se originem das dores da nossa alma, da palavra não dita, do abraço não dado, ou do ato não consumado... Talvez nossas dores se curassem com uma boa dose de música clássica ou com a injeção do cheiro de mato nas nossas veias, talvez nossas dores se tornassem finitas com xaropes de tranquilidade, ou deixando o vento emaranhar nossos cabelos, talvez nossas chagas aliviassem com comprimidos de paz, talvez com compressas de serenidade, ou talvez apenas com uma profunda e despretensiosa inspiração... Esperamos demais da medicina, esperamos que cure nossas dores externas e internas, esperamos que acalmem nossa ansiedade, que tire nossa rouquidão, alivie nosso peito congesto... Talvez o que precisemos seja apenas um pouco de água da torneira e tempo para ingeri-lo calmamente, talvez isto aliviasse esta pressão no nosso peito, talvez nossa falta de vitaminas pudesse ser diminuída com um pouco de luz do sol, nossa dor de cabeça poderia ser aliviada com um pouco menos de informações... Nossas dores mundanas não são apenas de nossos corpos cansados, nossas dores pertencem a toda uma sociedade que descobre doenças, inventa remédios, farmácias e hospitais... Estamos cansados, estamos cada vez mais tristes, nossos gastos não são mais com diversão, gastamos nosso dinheiro curando feridas, aplacando dores, aliviando nossa ira, nossa angústia e nossa falta de atenção... Não há remédio que cure esta imensa solidão que sentimos, nenhum fármaco alivia este eterno vazio que insiste em nos acompanhar, há dores que remédios não curam, há doenças que são da alma, estamos cavando nossa própria sepultura, estaremos morrendo aos poucos, mas cavando, sem dores, sem angústias, serenos, mas morrendo... #


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