Hoje acordei meio... Terra chamando!
# Bom dia a você amigo que... Tá, tá, tá, chega ném, chegou desta moleza pow! Ou você acha que pode sair de férias por toda a eternidade? Hellooou, no you can’t! Ahhhhhh! Infelizmentche ném... Mesmo que dos 30 dias de férias que você - cidadão trabalhador - teria direito, 20 tenham sido vendidas para arcar com as despesas da casinha de madeira cor de rosa com aberturas verdes que você alugou como sendo no centro de Pinhal (no saboroso Litoral Norte do RS), mas infelizmente quando chegou caiu na real: A “casa” (ou o que parecia ser uma casa) era muitíssimo mais longe do mar e de qualquer sinal de civilização do que você imaginava, ain fódis, mas vamô lá gurizadis, é verão, férias, bota a sunga branca com aquele belo dragão estampado e simbora caminhar até o marzão, ô beleza! Duas horas após, no solaço do meio dia você senta naquela areia escaldante (não vamos negar que bateu – lá no fundinho – saudade do ar condicionado geladinho lá do escritório que você trabalha, mas é verão e você tá na praia, iuhuuu!!! Então você dribla 272653762 cachorros, desvia de saídas de esgoto, tenta abrir aquela cadeira enferrujada que lhe esperava na casinha rosa há uns 40 verões, fila pra beber uma ceva no quiosque na beira da praia, fila para o milho verde assado na água do mar (microorganismos, o quê? Não eles não chegam até a praia... Claro, claro...), fila para a chuveirada com água doce na volta pra casa e mais 9876498 Km de caminhada de volta pelo confortável paralelepípedo escaldante na prainha - não sem levar o sobrinho de 2 aninhos no colo e sua baleia inflável! Lin-do de ver (e nessa hora que você reza para não encontrar um conhecido...). E a saga praiana continua: Achar um açougue que venda uma carne decente, há! Desiste amigo! Você compra um guisado de segunda (mais perecendo de terceira) pelo preço de filé mignon, mas tá, é verão, aproveita e pega uma salada de maionese no boteco do Alemão (que até parece limpinho) e mata sua fome após ter e deliciado com uns mergulhos no mar de chocolate (dizem que é excesso de iodo – Ah! E faz bem para o cabelo... Não tem adiantado muito nos últimos 30 anos, mas vá lá...). E dá-lhe salmonelose, aquela velha bactéria que veio junto com a maionese! Haja banheiro, mas é verão, uhuuuu, nada que um soro caseiro e muito papel higiênico não resolvam... Tudo beleza! Afinal amanhã tem praia! Hein? Você não contava com a chuva! Ô des-gra-ça! Você, o sobrinho (e sua baleia inflável), a sogra, cunhada, genro e o cachorro, todos dentro da casinha cor de rosa – agora com direito a goteiras e pátio alagado - jogando general, pife, canastra, assistindo o filme que passa no único canal que pega pela 100° vez, cachorro latindo, criança infernal cansada de não ter mais nada de legal para fazer, cunhada lixando as unhas – e fazendo aquele barulho irritante da lixa passando na unha – sogra fritando bolinho de chuva, casa cheirando a bolinho de chuva, seu cabelo cheirando a bolinho de chuva, meldeuzo... E você pensa, pensa mais um pouco, e chega à conclusão: Seus dias no insuportável calor da cidade são muito menos estressantes do que seus dias de férias! E você ainda consegue beber uma cerveja gelada! E não precisa olhar para a sogra todos os dias, nem para a cunhada! Férias? Pra quê?
Melhor mesmo é ficar em paz, não importa aonde, mesmo que seja no mesmo lugar de sempre, mesmo que seja na nossa casa... #
Melhor mesmo é ficar em paz, não importa aonde, mesmo que seja no mesmo lugar de sempre, mesmo que seja na nossa casa... #
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Contribua com sua filosofada também!