Hoje acordei meio... E se eu cair?
# Bom dia a você cidadão pensativo, que acordou intrigado com alguns questionamentos que andam lhe afligindo, bom dia a você que despertou preocupado com um pergunta simples, mas que não quer calar: E se eu cair? Quantos irão estender a mão para me ajudar a levantar? Você já parou para se questionar sobre isto? Você já questionou quantos amigos verdadeiros você tem? Um ou dois? Nenhum? Nos preocupamos tanto em ter uma centena de amigos virtuais, em ter boas relações com nossos colegas e vizinhos, em sorrir no elevador, em sermos eco e politicamente corretos, mas e você? Quem se preocupa com você? Se você sumir, simplesmente não aparecer para trabalhar, quantos notarão sua ausência? Quantos irão lhe ligar para perguntar o que houve? Aliás, quantos têm o número do seu celular? Cada vez mais somos nós por nós mesmos, contudo, estamos vivendo em um século onde não há tempo para nada, onde tudo é tão rápido, fast food, pocket books, mensagens em 100 caracteres, tudo para não perdermos tempo, mas e o nosso tempo? Onde ele fica? Ele realmente existe? Se não há ninguém por você, nem você mesmo, você é real? A vida, as amizades, o que é certo ou errado, o que é verdadeiro, tudo se tornou efêmero... A vulgaridade, a trivialidade e a futilidade são as palavras que deveriam estar estampadas na nossa bandeira, ao invés de “Ordem e Progresso”... Onde está o progresso de uma nação que não se ajuda? Você sabe como se chama seu vizinho? E se ele estivesse morto há uma semana dentro de casa, você saberia dizer? Não! E é capaz ainda de você, ou eu, pisar em cima de alguém que estivesse caído no meio fio da calçada: 1°) Por não ter tempo para parar e ajudar: 2°) Simplesmente por não enxergar um ser caído no chão... Ao seu lado...
Sei lá quantos megabytes de velocidade na internet, 500 canais a escolher na TV a cabo, celulares com trocentos aplicativos, geladeiras que avisam quando algo está faltando, compras em um click, cada vez mais tecnologia e desenvolvimentos, beleza! O que mais precisamos? Precisamos de tempo, um tempo para nós, um tempo para não fazer nada, tempo para olhar nos olhos do vizinho, para sorrir para o carteiro, um tempo para caminhar na chuva de mãos dadas com o filho... Precisamos de um tempo para sentir na pele a textura da terra na sola dos pés, deixar o vento emaranhar nossos cabelos e o barulho das gotas de chuva caindo no telhado nos embalar... Precisamos de um tempo simplesmente... De um tempo para dar valor ao tempo... #
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