sexta-feira, setembro 02, 2011

Hoje acordei meio... Antropofágico

Hoje acordei meio... Antropofágico


# Bom dia a você que assim como os temidos canibais, acordou hoje meio antropofágico! Bom dia a você cidadão, que ainda não se deu conta, mas eu, você, a população mundial, é antropofágica, somos todos canibais, comemos nosso próprios semelhantes, devoramos-lhes as entranhas, usufruímos de seus corpos, tomamos suas mentes, possuímos seu sexo, e ainda arrotamos no final... Bom dia a você, que assim como eu, já disputou uma corrida, já entrou em um sorteio, ou torceu por um time... Bom dia a você que vive uma eterna e diária disputa, muitas vezes marcada, muitas vezes inconsciente... Bom dia a você quê se arruma para ser a mais bonita, que faz um prova para ser o melhor, está sempre em busca do melhor prêmio, do melhor tudo, estamos sempre competindo, buscando a perfeição, competindo com nossos semelhantes, competindo com nossos amigos, com nossos irmãos, com Deus e o Diabo, chegamos ao cúmulo de competir com nós mesmos... Diariamente... Bom dia a você que degusta seu semelhante com o mesmo prazer de quem degusta um mousse de chocolate ou bombons de avelã... Bom dia a você que já se assustou com o rumo da nossa sociedade atual, e a você que não entende onde estão pretendendo chegar... Mais poder? Mais dinheiro? Maior reconhecimento social? Pra quê??? Bom dia a você que sente pena de pessoas extremamente conceituadas que conseguiram seus postos através de canibalismo explícito, bom dia a você que fica anojado ao saber de pessoas que usam cabeças humanas como degraus, que se vangloriam pela construção de algo, mesmo que este algo tenha sido construído por outras mãos, ou aos que se dizem eloquentes, mesmo roubando idéias de outros... Bom dia a você ser humano de bem, que luta para chegar aonde quer sem ter que usar de artimanhas que podem deixar suas mãos sujas de sangue alheio, bom dia a você que consegue deitar sua cabeça à noite e dormir, sem que nenhuma lembrança pesada lhe tire o sono ou lhe apavore com pesadelos intermináveis durante as longas madrugadas em que você pensa o quão pequeno você é...#

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