Hoje acordei meio... LOST
# Bom dia a você barbuletchinha, que avoa
perdida por este mundão de meldeuzo...
Bom dia a você que avoa avoa e não chega
a lugar nenhum... Bom dia a você que já bateu suas lindas asinhas por uigares
inimagináveis, e a você que nunca foi tão longe assim... Bom dia a você que
questiona (após adquirir um pouco de sapiência e diminuir o uso de drugs – sim,
o consumo desta dificulta pracarai os pensamentos...) o sentido de tudo isto,
quem você é, seu papel aqui, se convida ou não o mendigo para dividir o lanche
com você, se pega ou não aquela mina, se dá ou não uma gorja pro garça, e
outros tantos questionamentos a respeitcho de eu, de tu, do rabo do tatu... Eu,
tu e o tatu não somos nada améguenho, ééé, nós somos meros coadjuvantes de um
imenso universo em constante transformação... Óóóin ficou tisti? Não fica nããã,
a verdade é dura ném... Mas é Wilson meu querido, nós iremos desaparecer do
planetinha da mesma forma como ele apareceu, com um bum, um big bang, pá, óóó câbooo...
Triste, muito triste, mas provável, muito provável... Assim como o nada
existia, apenas um turbilhão de energia, poeira cósmica, altas temperaturas,
trocentas reações químicas, carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, e aos
poucos foram surgindo as aglomerações de compostos orgânicos, bactérias,
microorganismos, invertebrados, plantas, e todos os seres vivos existentes, óóinn
que liiinnndooo! E lentamente a galera foi saindo da água, tomando o espaço
terrestre até chegar ao ponto de ser o responsável pela sua destruição, ó que
feio gurizadis... Bem, da mesma forma como tudo começou – perdão aos
criacionistas, but, não foi Deuzo que criou o mundis nããã – com um grande
evento do acaso, tudo irá se acabar, e nós faremos parte de uma história onde
não haverá nenhum descendente para contar, nós seremos o pó de um planeta que
irá se esfarelar pelo universo e provavelmente formará um novo planeta, com um
pedacinho de nós, assim como nós carregamos um pouco do pó dos corpos celestes
que bailam pelo universo... Nossa história é agora, talvez toda a evolução
científica e tecnológica que tanto buscamos não sirva para absolutamente nada,
talvez todos os nossos esforços se percam em meio ao vazio, e de nós não reste
absolutamente nada, nem nossos livros, nem nossos poemas, nem nossas idéias...
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