sexta-feira, maio 11, 2012

Hoje acordei meio... Ah, se meu cérebro falasse



Hoje acordei meio... Ah, se meu cérebro falasse

# Bom dia a você lindinho, bom dia a você lindinha, e bom dia a você feiosinho, que tantas vezes já se deparou com situações – algumas inclusive absurdas – em que sua boca fala algo e seu cérebro pensa totalmente diferente daquilo que você acaba de explanar... Coisas bobas, do tipo quando você reencontra uma pessoa conhecida, e é aquele: “- Oi fulana, quanto tempo! Como você está bem! E a família, e o trabalho, tudo certo? Ah! Que bom, fico feliz em lhe ver assim tão radiante! Até uma próxima!” Yeah amiguinho, isto é que sua boca expressa, mas seu cérebro, lá nas catacumbas que Freud acha pretensiosamente que entende, lá nas entranhas do seu órgão pensante, o diálogo que se passa é totalmente diferente... Primeiro você nunca gostou daquela fulana, e por um infortúnio você encontra esta criatura na fila do cinema em fevereiro – não há como dizer que não viu, há cerca de apenas 20 pessoas na cidade, enquanto 2 trilhões estão na praia – e você pensa: “- Putaqueoparil encontrei esta carcamana fofoqueira infeliz” (claro, neste momento sua boca aliada aos seus neurônio pensante impedem que esta merda seja dita, porém não impede que ela seja pensada!), você ainda pensa: “Tô me lixando para esta bosta, olha como está decrépita, que porra de roupa é esta? Meldeuzo, Vai ser brega assim no inferno... E a família? Claro que você vai me dizer que está tudo bem, mas com um marido que te enche de chifre, e aqueles filhos do capeta que você tem... Até fiquei com pena dela agora... E o trabalho? Certamente vai dizer que está bem, mas passar de dona de butique de luxo para atendente de call Center e ainda manter pose de madame, é demais... Além do mais não é o que diríamos um “salto na carreira”, a não ser que seja um salto de trampolim, direto para baixo, ah ah ah ah” (sim, você ri por dentro, aquele sorrisinho silencioso), e se despede da pseudo amiga (aquela vaca que sempre fez fofoca de todo mundo) pensando: “Tomara que eu nunca mais encontre este vivente na vida, aliás, nem na morte”... E vocês se abraçam, trocam beijinhos, e cada um segue seu rumo. Você foi simpática (extremamente, claro!)... A fulana sai e você pensa que aquela pessoa, sempre tão arrogante, tão altiva, tão presunçosa, deve ter aprendido algo com a vida, no mínimo a ser mais tolerante, e tudo volta a normalidade na fila do cinema... Agora imagina se você tivesse expressado tudo o que pensa da “amiga”, você poderia:
- Levar uma surra;
- Fraturar um braço, uma perna, ou o rosto;
- Irritar a família dela (e a sua);
- Acabar com a sua noite no cinema;
- Ser expulsa por seguranças com armas de choque do estabelecimento (e ainda ser criticada na internet);
- Ser alvo de um blog: “Eu odeio o que fulana fez com sua amiga”;
- Ser processada e ainda ter que indenizar a fulana pelos prejuízos causados;
- Resumindo: Se você tivesse falado tu-do o que pensa estaria FU-DI-DA-ÇO!
Então, seguinte: Continuem pensando! Por enquanto ninguém ainda lê pensamentos (até a Apple lançar um aplicativo), seus pensamentos ainda são só seus, as palavras depois de “expelidas” são públicas, o que você falou tá dito... As vezes é melhor calar, palavras ferem, não têm volta, podem escrever poemas assim como podem destruir uma nação... #


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