Hoje
acordei meio... Ah, se meu cérebro falasse
# Bom
dia a você lindinho, bom dia a você lindinha, e bom dia a você feiosinho, que
tantas vezes já se deparou com situações – algumas inclusive absurdas – em que
sua boca fala algo e seu cérebro pensa totalmente diferente daquilo que você
acaba de explanar... Coisas bobas, do tipo quando você reencontra uma pessoa
conhecida, e é aquele: “- Oi fulana, quanto tempo! Como você está bem! E a
família, e o trabalho, tudo certo? Ah! Que bom, fico feliz em lhe ver assim tão
radiante! Até uma próxima!” Yeah amiguinho, isto é que sua boca expressa, mas
seu cérebro, lá nas catacumbas que Freud acha pretensiosamente que entende, lá
nas entranhas do seu órgão pensante, o diálogo que se passa é totalmente
diferente... Primeiro você nunca gostou daquela fulana, e por um infortúnio
você encontra esta criatura na fila do cinema em fevereiro – não há como dizer
que não viu, há cerca de apenas 20 pessoas na cidade, enquanto 2 trilhões estão
na praia – e você pensa: “- Putaqueoparil encontrei esta carcamana fofoqueira
infeliz” (claro, neste momento sua boca aliada aos seus neurônio pensante
impedem que esta merda seja dita, porém não impede que ela seja pensada!), você
ainda pensa: “Tô me lixando para esta bosta, olha como está decrépita, que
porra de roupa é esta? Meldeuzo, Vai ser brega assim no inferno... E a família?
Claro que você vai me dizer que está tudo bem, mas com um marido que te enche
de chifre, e aqueles filhos do capeta que você tem... Até fiquei com pena dela
agora... E o trabalho? Certamente vai dizer que está bem, mas passar de dona de
butique de luxo para atendente de call Center e ainda manter pose de madame, é
demais... Além do mais não é o que diríamos um “salto na carreira”, a não ser
que seja um salto de trampolim, direto para baixo, ah ah ah ah” (sim, você ri
por dentro, aquele sorrisinho silencioso), e se despede da pseudo amiga (aquela
vaca que sempre fez fofoca de todo mundo) pensando: “Tomara que eu nunca mais
encontre este vivente na vida, aliás, nem na morte”... E vocês se abraçam,
trocam beijinhos, e cada um segue seu rumo. Você foi simpática (extremamente,
claro!)... A fulana sai e você pensa que aquela pessoa, sempre tão arrogante,
tão altiva, tão presunçosa, deve ter aprendido algo com a vida, no mínimo a ser
mais tolerante, e tudo volta a normalidade na fila do cinema... Agora imagina
se você tivesse expressado tudo o que pensa da “amiga”, você poderia:
- Levar
uma surra;
-
Fraturar um braço, uma perna, ou o rosto;
-
Irritar a família dela (e a sua);
- Acabar
com a sua noite no cinema;
- Ser
expulsa por seguranças com armas de choque do estabelecimento (e ainda ser
criticada na internet);
- Ser
alvo de um blog: “Eu odeio o que fulana fez com sua amiga”;
- Ser
processada e ainda ter que indenizar a fulana pelos prejuízos causados;
-
Resumindo: Se você tivesse falado tu-do o que pensa estaria FU-DI-DA-ÇO!
Então,
seguinte: Continuem pensando! Por enquanto ninguém ainda lê pensamentos (até a
Apple lançar um aplicativo), seus pensamentos ainda são só seus, as palavras
depois de “expelidas” são públicas, o que você falou tá dito... As vezes é
melhor calar, palavras ferem, não têm volta, podem escrever poemas assim como
podem destruir uma nação... #
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