segunda-feira, maio 21, 2012

Hoje acordei meio... Em uma era pré-digital

Hoje acordei meio... Em uma era pré-digital

# Bom dia a você amiguitcho, que foi parido antes da década de 90, aquela época remota em que você precisava levantar-se do sofá para trocar de canal, ou ligar ou desligar a TV... Bom dia a você que perdeu muitos VHS, pois seu videocassete faminto insistia em mastigar a fita, e não raras vezes você sofreu no bolso por esquecer de rebobinar a fita antes de entregar na locadora... Bom dia a você que teve sua dancitcha romântica interrompida por um disco de vinil arranhado, dançando uma mixagem onde deveria tocar uma música lenta... Bom dia a você que soprou fitas de videogueime para que o jogo não trancasse mais, e a você que nunca passou trabalho ou se confundiu com seu joystick de Atari, afinal o treco tinha era só um botão e um manche (beeem diferente dos milhares de X Y Z bolinha e outros trilhões de comandos de équis bóquis, pleisteichon ou daquele chatézimo u-i, que coisa mais chata, cadê o joystick? Puta sem graça...). Bom dia a você que entrava na fila do telefone (aquele que você discava um número e esperava que ele voltasse para discar o outro número – um exercício de paciência, trililililim, cosalenda!), para tentar se comunicar com alguém (ah! E Tinha que falar rápidão, a conta telefônica era um absurdo de cara), e não raras vezes – e tamanha as dificuldades – você acabava desistindo de ligar e ia até a casa da pessoa (o que na real era bem mais divertido!)... Bom dia a você que viveu numa época sem forno de microondas para esquentar a comida (e depois levava três dias para retirar os restos mortais da comida que ficava grudada na panela de comida “requentada”), e a você que não contava com a internê para suas pesquisas escolares... Bom dia a você que em meio a uma pesquisa escolar, já teve que se deslocar até a biblioteca pública (que não se chamava Google), procurar em meio de milhares de livros (de verdade, de papel!), e folhar diversos calhamaços de páginas para chegar a um simples parágrafo, e tudo copiado a mão, siiimmm a mão! Xerox, scanner, digitalizar, o quêê? Esso non eczizte (ou melhor non ecziztia!)... Bom dia a você que não contava com a ajuda de editores de textos para escrever seus trabalhos, nã nã nã, ou você digitava em uma máquina de escrever (procure em museus que você encontrará um exemplar), ou escrevia a mão! É, em folhas pautadas (para não descer a lomba na caligrafia)... Bom dia a você que teve sua vida facilitada pelo advento deste monte de tecnologia, agora você muda de canal sentado (e por isto está mais gordo), pesquisa com a Judá do Sr. Google (sobre tuuuudo), liga do seu celular de onde estiver: banheiro, supermercado, praia ou motel (e diz que tá no serviço o cafajeste! Tecnologia em prol da nação! E do tesão?), esquenta a comida em 30 segundos, e pode ter milhares de músicas e fotos em um simples pen-drive! Sim! Você há de convir comigo que sua vida foi um tanto facilitada com este monte de bits, megabytes, tera e gigabytes... Você há de convir comigo que quanto mais falamos em redes sociais, menos conversamos pessoalmente... Nossos sorrisos foram trocados por smiles, Um beijo por um asterisco, nossos elogios foram trocados por um “curti”, nossas opiniões são expressas em 140 caracteres, a atenção de nossos filhos foi trocada por intermináveis jogos de RPG... A tecnologia facilitou (e muito) a nossa vida, não há como negar isto, porém, esta mesma tecnologia nos escraviza e nos torna robôs, pensamos e agimos em série, não produzimos, compartilhamos que já foi feito... A tecnologia tornou nós, “seres humanos” em “seres robóticos”... O nosso tempo é unitizado para “fazer”, não mais “sentir”...#

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