segunda-feira, outubro 24, 2011

Hoje acordei meio... Mãns aonde vai para tudo isto?


Hoje acordei meio...  Mãns aonde vai para tudo isto?

# Bom dia a você, criatura originária de um coito entre um ser explodindo em estrogênio e outro transbordando testosterona... Bom dia a você que de repente (mesmo com a torcida daquela tia gorda que fez uns sapatinhos de lã para você, da vovó faceira da vida com o primeiro neto e até do leiteiro - talvez o bebê tivesse os genes dele, vai saber...) não sabe sequer porque cargas d’ água veio parar aqui... Bom dia a você que foi parido vagisnisticamente para este mundo, a você que nem sequer gostaria de estar aqui, a você que foi alimentado através de um cordão umbilical (TEN-SO), e de repente abre seus olhinhos e se vê matando a fome diante de uma grande teta cheia de leite... Bom dia a você que sabe-se lá por qual motivo, acordou e se deu conta de que faz parte de uma determinada família, a qual determinou desde seus mais remotos ancestrais traços como a cor de seus olhos, a cor de sua pele, o formato de sua boca e até mesmo, PAS-MEM! o tamanho da sua bunda! Sim, você, popozuda por natureza (as siliconadas estão fora) peça explicação para sua santa mãezinha sobre o porquê de sua rabeta ser tão gigante, EU não tenho a nada ver com isto... Bom dia a você que encontrou e tem encontrado semelhanças entre seus familiares, até no modo de agir e de pensar, compreendendo mais claramente alguns tiques nervosos, os quais podem ter uma hereditariedade, como pernas que tendem em se mover involuntária e incessantemente, como aquela coçada no nariz, mesmo que ele não esteja coçando, ou até mesmo sua doida vontade por um vinho, e depois um saquê, e uma ceva, e os genes do alcoolismo gritando em seu lindo corpitcho... Bom dia a você que acorda, se arruma, toma seu cafézitcho, trabalho feito um cavalo, volta pra casa, assiste sua novela favorita (aquela que sempre acaba com uma morte e com o terrível mistério: Quem matou Odette Roitman?), mas lá no fundo, no âmago do seu ser, pensando fria e calculísticamente, você, eu, a população riograndense, brasileira, mundial, planetária não tem a menor idéia do que está fazendo aqui no planeta Terra... Afinal, não podemos acreditar que depois de um evento tão espetacular que seja a vida, nosso papel seja viver para a morte, destruindo e degradando tudo o que de mais bonito esta mesma vida lhe proporcionou... O pior, o inquietante e estarrecedor é que nunca saberemos a resposta... #

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